Seres sábios, ou seres sapiens, pertencentes a uma subfamília privilegiada de mamíferos chamada Hominoidea.
Esse é o ser humano. Essa espécie limitada fisicamente e capaz de
pensar, e o mais interessante, capaz de se comunicar através de uma
linguagem. Talvez, pela limitação física, o homem deve ter começado a
pensar, para que sobrevivesse nessa selva chamada Terra.
Foi o homem, esse mesmo, que passou a controlar o fogo, a observar a
natureza de uma maneira diferente. Percebera que com uma pedra lascada,
mesmo com sua limitação física, era possível combater o inimigo, ou
outro animal. É a essência deste planeta terreno, o mais forte
sobrevive. Esse mecanismo de competição já é antigo, desde os
primórdios. E isso ficou na nossa cabeça. O homem, por exemplo, enxerga o
“way of life” dos nossos conterrâneos terrestres dinossauros da mesma
maneira que a nossa. Animais competindo entre si, disputando espaço e
buscando o seu harém.
Seres competitivos, desde os primórdios, são os habitantes deste
planeta. Afinal, a Terra é o palco da vida. Portanto, para que se viva
nesta selva, você tem que ser o melhor. Senão não sobrevive. Nessa
última opção, ou passa fome, ou é comido por um predador, ou até mesmo
fica tão frustrado com a vida, triste, desanimado, e opta pela morte.
Vida cruel a vida terrena. Mal aventurados são estes animais terrenos.
Resumindo, a própria estrutura do nosso planeta já favorece a sua
autodestruição, a não ser que nenhum ser vivo opte pela vida. É algo
meio que impossível. Talvez, se todos os animais se reunissem, como o
gavião, o pato, o jacaré, o leão, a girafa, o homem, o chipanzé, a
bactéria, dentre outros, e chegassem a uma conclusão de que a vida não
tem sentido nessa selva, talvez seria mais real do que imaginária a
sobrevivência do planeta.
Ora, a discussão atual de parte da subfamília Hominoidea
é essa. Como preservar o planeta? Pena que os jacarés, os búfalos e
muitos elefantes estão desinteressados sobre esse assunto, como quase
todos os Hominoidea.
Nessa derrocada, acredite, fazendo um prognóstico bem alegre, festivo, o
caminho é o fim do planeta. E esse momento já está bem próximo. Quem
sabe o início de um novo ciclo?
Como se diz, somos limitados, nosso cérebro é limitado. Repetindo o
exemplo, o caso dos dinossauros. O homem sempre imagina uma outra
sociedade, ou até outra manifestação biológica, parecida com a nossa. Um
extraterrestre, por exemplo, tem que ser um humanóide com uma
manifestação linguística parecida com a nossa. E mais, pra piorar, tem
que falar inglês, como nos filmes hollywoodianos. Além disso, o
extraterrestre tem que ser bípede. Cabeça avantajada, pois se imagina
que, para que ele tenha chegado neste planeta competitivo, teria que ter
no mínimo inteligência. E para ser “inteligente”, teria que ter um
cérebro, ainda sim na região superior do resto do corpo.
Estou propondo aqui neste texto uma nova humanidade, não humanóide,
já que nosso fim é certo e um novo ciclo terreno estará por vir. Afinal,
ninguém se importa mesmo com o planeta, não é verdade? A competição
sempre foi presente entre os animais. Com o fictício progresso humano e
sua evolução, essa competição tem o mesmo caráter primordial, porém é
manifestado atualmente através de outros fins. Mas no fim das contas
acaba na mesma coisa. Busca pela sobrevivência, pelo poder. É a
animalidade, é a opção por viver na selva. Ninguém tá nem aí pra
ninguém, cada um por si e Deus contra todos. E nem adianta rezar!
E o pior, alguns Hominoidea
até já reconhecem que o planeta está com seus dias contados. Mas não
adianta nada, somos quase 7 bilhões de bichos pretenciosos tentando
sobreviver. Não adianta cada um fazer sua parte. Somos muitos. Não é
isso que a maioria pensa?
Pois bem. Se nossos dias estão contados, proponho, de antemão, uma nova humanidade!
Fonte: http://pensitivo.wordpress.com/2007/10/02/a-nova-humanidade/