Boas dicas e histórias!

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Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
É minha fé na Bíblia que me serviu de guia em minha vida moral e literária. Quanto mais a civilização avance, mais será empregada a Bíblia.

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Modelo de unhas decoradas....

Modelo de unha decorada

Meninas aproveitem.....














  Em breve passa a passo ...
  Beijos!


Dicas para manter suas unhas sempre lindas !!!


DICAS PARA MANTER SUAS UNHAS SEMPRE LINDAS!!!!

Saiba como ter unhas lindas, saudáveis e resistentes com algumas dicas e cuidados que ajudarão você a manter suas unhas sempre lindas:
  •   O detergente pode deixar as unhas desidratadas, causando quebras e lascas. Por isso, recomenda-se o uso de luvas na hora de fazer faxina ou lavar louças.
  •   Se o caso for o crescimento das unhas, e as mesmas não estão crescendo de maneira adequada e rápida, pode ser que esteja faltando alguma vitamina em seu organismo como, por exemplo, o ferro. Então invista em alimentos ricos em nutrientes e ferro e passe nas unhas bases com aceleradores de crescimentos e fortificantes. O uso de 3 a 4 gotinhas de formol dentro dos esmaltes, também pode ajudar a fortalecer as unhas;
  •   Uma dica também muito importante é o uso do óleo de cravo, que impede que a unha lasque, deixando-a muito mais bonita e forte;
  •   Use óleo de amêndoas, é excelente para hidratar, amaciar e proteger as cutículas e a pele em volta das unhas;
  •   Em relação às unhas roídas, elas tendem a ficar cada vez mais feias, sem textura e coloração. Sem contar que quando entram em contato com os dentes há uma grande troca de bactérias e fungos. Por isso, faça uso de esmaltes específicos, que contêm um gosto ruim e que a impeça de roer as unhas;
  •   Na hora da aplicação dos esmaltes, não se esqueça de tirar todo o excesso de água das unhas e as deixe bem secas, dessa forma, o esmalte ficará por muito mais tempo e você não terá necessidade de ficar concertando os ”cantinhos lascados”;
  •   O jeito certo de passar esmalte é começando pelo centro, e depois partir para as laterais da unha. Para aumentar a durabilidade passe uma base incolor antes de aplicar o esmalte final. E e preferível passar duas camadas finas do que uma grossa;
  •   Para evitar que o esmalte fique cheio de bolhas, faça o seguinte: após pintar as unhas, mergulhe os dedos em um pote ou copo com água bem fria, assim você estará evitando as bolinhas indesejáveis e a sua unha secará mais rápido. Se esse processo for muito difícil, faça as unhas em um local arejado, sem muito sol e vento, pois pode ajudar e muito na hora de pintar suas unhas e não deixá-las com as bolhas nas superfícies;
  •   Não reaproveite esmaltes ressecados utilizando acetona para deixar o esmalte liquido novamente, pois pode comprometer as suas unhas e a qualidade do produto, sem contar que o efeito final não será o mesmo que quando utilizado esmalte novo;
  •   A acetona deve ser usada somente uma vez por semana, pois estes produtos quando usados em excesso, ressecam as unhas e as deixam frágeis e quebradiças;
  •   Deixar as unhas com esmalte por mais de cinco dias pode deixá-las fracas e sem vida. Quando o esmalte começa a descascar é hora de retirá-lo e aproveitar para caprichar na hidratação da área;
  •   Dê um intervalo de pelo menos uma semana, pois as unhas precisam respirar. Antes de passar o esmalte, use uma base fortalecedora;
  •   Uma das formas de mantê-las em forma é adotar uma alimentação rica em proteínas, com opções como carne, leite e queijo. As vitaminas também são importantes, principalmente a vitamina A e a vitamina E;
  •   Para evitar o encravamento, não corte a beirada das unhas. Antes de aplicar esmalte, pingue óleo secante para proteger. Depois, massageie e lave em água corrente. Para tirar a pintura, remove dores específicos com substâncias hidratantes são mais recomendados do que a acetona;
  •   Para higienizar seu material de manicure, basta lavar com água e sabão ou passar álcool. E não se esqueça que a cutícula é uma proteção natural do corpo Então, caso prefira retirá-la, cuidado com o exagero.
Uma unha bem tratada e linda completam o visual , cuide bem delas !!!!

Como surgiu o costume de pintar as unhas?!


Como surgiu o costume de pintar as unhas?!

Mulheres quem não gosta de cuidar das unhas?! De pintar então...


Pesquisadores afirmam que surgiu na China o habito de colorir as unhas, por volta de 3.000 a.C. A utilização desta coloração não se restringia apenas as mulheres, e se estendia aos homens também, está coloração era diferente dos esmaltes que estamos acostumados, neste primeiro momento a coloração das unhas eram feitas por um tipo de hena, somente indivíduos que ocupavam uma posição social boa utilização cores como vermelho e preto.  Entretanto estudiosos afirmam que a arte de fazer as unhas teve origem há 4 mil anos, no sul da Babilônia. Naquela época, implantes de ouro sólido eram usados nas unhas dos pés e das mãos.
O mesmo poder de distinção social observado no uso do esmalte entre os egípcios também era perceptível entre os chineses. Em meados do século 3 a.C., o uso de tons vermelhos e metálicos - realizado feitos com soluções de prata - significavam a ocupação de um lugar privilegiado na hierarquia social.
No reinado de Cleópatra, por exemplo, só ela podia adornar as unhas de vermelho – escuro, desobedecer à ordem dava punição severa - às vezes, até morte. Já  Nefertiti tinha mais gosto pelo esmalte de tom rubi.
Na dinastia Chou, no século 7 a.C., apenas os membros da família real podiam adornar as unhas com pinturas dourada ou prateada na unha - as cores reais mudariam mais tarde para vermelho e preto. Ao redor do ano 30 a.C., pintar as unhas era moda também entre os egípcios, que mergulhavam os dedos em tintura de hena. Mulheres das classes menos favorecidas só estavam autorizadas a pintar as unhas com tons claros.
o tratamento das unhas ficou relativamente estagnado até o século XIX, Até essa época, uma das grandes descobertas foi a invenção do palito que até hoje é fundamental para a pintura das unhas, utilizado para a remoção das cutículas e borroes. No começo do século XX, os esmaltes começaram a recuperar espaço com o uso de soluções coloridas que não permaneciam fixadas mais do que algumas horas.
Os primeiros esmaltes eram feitos de uma mistura de goma arábica, cera de abelha, clara de ovo e gelatina. Em 1925 o esmalte veio a ser transformar em  uma variação da tinta usada em pintura de carros, tendo como sua primeira cor um tipo de rosa claro.
Quando chegamos em 1930  a pinturas e tratamento das unhas voltou  a ser fundamental para a vaidade das mulheres, notamos que a “pintura” nos dedos do pé e da mão fazia muito sucesso entre as grandes estrelas do cinema hollywoodiano, como Rita Hayworth e Jean Harlow.
Em 1932, os irmãos Charles e Joseph Revlon custearam a invenção de um novo tipo de esmalte, mais brilhante e com um leque variado de tonalidades.
Acredita-se que os comandantes militares do Império Romano e do antigo Egito costumavam pintá-las antes de sair para as batalhas mais decisivas.
Como se vê, o ato de adornar as mãos pintando as unhas tem história!!!




Wanessa Rocha - Históriadora.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Dia 14...

Aconteceu em 14 de Junho:

Ano de 1699 - A primeira máquina a vapor, construída pelo mecânico inglês Thomas Savery, é apresentada na Real Sociedade de Londres.

Ano de 1823 - A Guatemala se separa do México.

Ano de 1914 - Primeira Guerra Mundial: uma esquadrilha de aviões alemães bombardeia Londres e deixa mais de 500 vítimas.

Ano de 1940 - Segunda Guerra Mundial: entrada do exército alemão em Paris.

Ano de 1945 - Os britânicos comemoram a reconquista da Birmânia.

Ano de 2008 - Meu casamento depois de 8 anos de namoro com meu príncipe encantado André...

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Amar quem Está tão Próximo da Morte - William Shakespeare, in "Sonetos"

Amar quem Está tão Próximo da Morte  

 Esta estação do ano podes vê-la
em mim: folhas caindo ou já caídas;
ramos que o frémito do frio gela;
árvore em ruína, aves despedidas.
E podes ver em mim, crepuscular,
o dia que se extingue sobre o poente,
com a noite sem astros a anunciar
o repouso da morte, gradualmente.
Ou podes ver o lume extraordinário,
morrendo do que vive: a claridade,
deitado sobre o leito mortuário
que é a cinza da sua mocidade.
    Eis o que torna o teu amor mais forte:
    amar quem está tão próximo da morte.

William Shakespeare, in "Sonetos"

Tradução de Carlos de Oliveira

TRADIÇÃO DO DIA DOS NAMORADOS

O Dia dos Namorados ou Dia de São Valentim é uma data especial e comemorativa na qual se celebra a união amorosa entre casais sendo comum a troca de cartões e presentes com simbolismo de mesmo intuito, tais como as tradicionais caixas de bombons. 
Na Europa e na América do Norte, a festa dos que se amam é celebrada no dia 14 de fevereiro, dia de São Valentim.  Este santo viveu no Século III, em Roma na época em que o imperador Claudius proibiu casamentos durante as guerras, por achar que o amor prejudicava o ânimo dos soldados. Valentino continuou a casar os jovens que o procuravam, e passou à história como padroeiro dos apaixonados. Por sua atividade foi condenado à morte e decapitado no ano de 278.
Comemora-se o dia dos namorados no Brasil em 12 de junho,  foi escolhida, há mais de cinquenta anos,  quando o comerciante João Dória trouxe a ideia do exterior e a apresentou aos comerciantes. A ideia se expandiu pelo Brasil, amparada pela correlação com o Dia de São Valentim — que nos países do hemisfério norte ocorre em 14 de fevereiro e é utilizada para incentivar a troca de presentes entre os apaixonados.
A tradição do dia dos namorados, todavia é anterior a São Valentino. 
Ela se originou na festa romana da Lupercalia (que depois passou a se chamar Februata), homenagem aos deuses e Juno.   Neste dia, quando a primavera já se aproximava, era organizada uma cerimônia na qual, nas aldeias, os nomes das moças eram colocados em uma caixa de onde cada rapaz retirava um. A sorteada passava a ser a sua namorada - e era por ele cortejada durante os doze meses que se seguiam.
 A história do Dia de São Valentim remonta a um obscuro dia de jejum tido em homenagem a São Valentim. A associação com o amor romântico chega depois do final da Idade Média, durante o qual o conceito de amor romântico foi formulado.
O bispo Valentim lutou contra as ordens do imperador Cláudio II, que havia proibido o casamento durante as guerras acreditando que os solteiros eram melhores combatentes.
Além de continuar celebrando casamentos, ele se casou secretamente, apesar da proibição do imperador. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens lhe enviavam flores e bilhetes dizendo que ainda acreditavam no amor. Enquanto aguardava na prisão o cumprimento da sua sentença, ele se apaixonou pela filha cega de um carcereiro e, milagrosamente, devolveu-lhe a visão. Antes da execução, Valentim escreveu uma mensagem de adeus para ela, na qual assinava como “Seu Namorado” ou “De seu Valentim”.
Considerado mártir pela Igreja Católica, a data de sua morte - 14 de fevereiro - também marca a véspera de lupercais, festas anuais celebradas na Roma antiga em honra de Juno (deusa da mulher e do matrimônio) e de Pan (deus da natureza). Um dos rituais desse festival era a passeata da fertilidade, em que os sacerdotes caminhavam pela cidade batendo em todas as mulheres com correias de couro de cabra para assegurar a fecundidade.
Outra versão diz que no século XVII, ingleses e franceses passaram a celebrar o Dia de São Valentim como a união do Dia dos Namorados. A data foi adotada um século depois nos Estados Unidos, tornando-se o The Valentine's Day. E na Idade Média, dizia-se que o dia 14 de fevereiro era o primeiro dia de acasalamento dos pássaros. Por isso, os namorados da Idade Média usavam esta ocasião para deixar mensagens de amor na soleira da porta do(a) amado(a).
Atualmente, o dia é principalmente associado à troca mútua de recados de amor em forma de objetos simbólicos. Símbolos modernos incluem a silhueta de um coração e a figura de um Cupido com asas. Iniciada no século XIX, a prática de recados manuscritos deu lugar à troca de cartões de felicitação produzidos em massa. Estima-se que, mundo fora, aproximadamente mil milhões (Portugal) (um bilhão no Brasil) de cartões com mensagens românticas são enviados a cada ano, tornando esse dia um dos mais lucrativos do ano. Também se estima que as mulheres comprem aproximadamente 85% de todos os presentes no Brasil.
O dia de São Valentim era até há algumas décadas uma festa comemorada principalmente em países anglo-saxões, mas ao longo do século XX o hábito estendeu-se a muitos outros países.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

A revista Superinteressante publicou matéria com uma análise dos trechos bíblicos que geralmente não são usados por pastores para sermões. Matéria retirada do site: http://noticias.gospelmais.com.br/superinteressante-materia-polemicos-biblia-36147.html

A revista Superinteressante publicou matéria com uma análise dos trechos bíblicos que geralmente não são usados por pastores para sermões.
A reportagem dos jornalistas Alexandre Verginassi e Tiago Cordeiro cita basicamente trechos do Velho Testamento, com exceção de uma menção ao milagre operado por Jesus na transformação de água em vinho (João 2: 7-10).
Sobre a proibição doutrinária em relação a bebidas alcoólicas, a matéria afirma que “O álcool nem sempre foi consumido com moderação na Bíblia”. O texto da matéria enfatiza que a bebida era tratada como algo comum: “A palavra ‘vinho’ é citada mais de 200 vezes, e os porres são frequentes: Noé é embebedado pelas filhas, e Amnon, filho de Davi, está mais pra lá do que pra cá quando é assassinada por ordem de seu irmão Absalão — a interessar: foi pelo crime de ter estuprado a própria irmã, Tamar”, menciona a reportagem.
A reportagem cita a opinião de um historiador sobre o assunto: “Os sacerdotes são orientados a não beber antes de entrar no tempo, e o álcool é relacionado à perda de controle pessoal e da capacidade de diferenciar o bem do mal. Mas nada no texto bíblico proíbe o consumo”, diz Marc Zvi Brettler, consultado pelos jornalistas para a matéria.
A reportagem fala ainda sobre as proibições em torno do sexo, recomendações a respeito de finanças e empréstimos a terceiros, e sobre saúde e educação.
-Ao longo da infância, os pais têm a obrigação de repassar a eles a palavra de Javé. Já o Novo Testamento é mais pedagógico, digamos assim: enfatiza a educação pelo bom exemplo dos pais – comenta a reportagem, a respeito das recomendações bíblicas.
O texto da reportagem sugere ainda que o rei Davi e seu amigo Jonatã tenham mantido relações homossexuais: “O amor entre homens era punido com a morte — a não ser que você fosse o rei Davi. Os livros Samuel I e Samuel II contam a história da amizade entre ele e Jonatã, filho do rei Saul, antecessor de Davi e candidato natural ao trono de Israel. Davi acaba escolhido para a sucessão, mas isso não abala o relacionamento dos dois. Está escrito: “A alma de Jonatã se ligou com a alma de Davi. E Jonatã o amou, como à sua própria alma” (Samuel I). Em outra passagem, Jonatã tira todas as roupas, entrega a Davi e se deita com ele. ‘E inclinou-se três vezes, e beijaram-se um ao outro’ (Samuel I)”, afirmam os jornalistas.
A matéria cita ainda um comentário do historiador finladês Martii Nissinem, da Universidade de Helsinki e escritor: “Esse relato incomoda os intérpretes tradicionais da Bíblia, que tentam explicar a relação como uma forte amizade, e o beijo como um costume comum entre homens. Mas é difícil negar a referência à homossexualidade nesse caso, mesmo que a lei judaica a proíba expressamente”, diz o historiador, autor do livro “Homoeroticism in the Biblical World (Homoerotismo no Mundo Bíblico, em tradução livre para o português)”.
Confira abaixo, os principais trechos da matéria:
Maridos e esposas
O Velho Testamento deixa claro que as mulheres deveriam ser funcionárias de seus maridos, com deveres e direitos. Se uma esposa fosse “demitida” pelo parceiro, por exemplo, ela podia ganhar uma carta de recomendação, para a moça utilizá-la como trunfo na hora de tentar uma vaga de mulher de outro sujeito.
A poligamia era regra. Tanto que o primeiro caso aparece logo no capítulo 4 do primeiro livro da Bíblia: “E tomou Lameque para si duas mulheres” (Gênesis). A situação era tão comum que vários dos personagens mais importantes do Antigo Testamento viviam com mais de uma esposa sob o mesmo teto. [...] Nunca na história do Livro Sagrado houve maior predador matrimonial que Salomão, o rei: foram 700 esposas. Setecentas de papel passado, já que o sábio soberano ainda mantinha 300 concubinas.
O Novo Testamento não cita tantos exemplos de poligamia, mas sugere que ela ainda era comum no século 1. Jesus não toca no assunto, mas, em duas cartas, são Paulo recomenda que os líderes da nova comunidade cristã tivessem apenas uma esposa porque “assim eles teriam mais tempo para dedicar aos fiéis”.
“O cristianismo só refuta a poligamia quando se aproxima do poder em Roma, que proibia essa prática”, afirma o historiador Marc Zvi Brettler. Como escreve santo Agostinho no século 5, “em nosso tempo, e de acordo com o costume romano, não é mais permitido tomar outra esposa”.
“As mulheres sejam submissas a seus maridos.”
(Colossenses, 3, 18)
Sexo
Uma série de regras estabelece como deve ser a vida sexual: toda mulher tem de se casar virgem, ou então poderá ser dispensada pelo marido.
As leis sexuais eram bem abrangentes: “Quem tiver relações com um animal deve ser morto”, diz o Êxodo. E a masturbação também não pode. Como diz o sutil são Paulo: “A mulher não pode dispor de seu corpo: ele pertence ao marido. E o marido não pode dispor de seu corpo: ele pertence à esposa.”
“O sexo na Bíblia é cheio de contradições”, diz o arqueólogo Michael Coogan, autor de God and Sex (Deus e o Sexo). “É de se desconfiar que fossem realmente levados a sério naquela época.”
“E possuiu também a Raquel, e amou também a Raquel mais do que a Lia.” (Gênesis, 29, 30)
Negócios e finanças
A cobrança de juros é proibida. As ordens se repetem ao longo da Bíblia, sempre em tom firme: “Não tomarás deles juros nem ganho” (Levítico). [...] Mas existe uma exceção: nos casos em que o empréstimo é concedido a um não judeu (“um estranho”, nas palavras de Deuterônimo) é permitido praticar a usura. Até por isso os judeus se tornaram os grandes banqueiros da Idade Média.
Se o Livro Sagrado proíbe a cobrança de juros, mas só entre judeus, o mesmo vale para a escravidão. Você pode ter escravos, contanto que “sejam das nações que estão ao redor de vós; deles comprareis escravos e escravas”, diz o Levítico.
“Ao estranho, emprestarás com juros.” (Deuteronômio 23:20)
Marvado vinho
O álcool nem sempre foi consumido com moderação na Bíblia. A palavra “vinho” é citada mais de 200 vezes, e os porres são frequentes: Noé é embebedado pelas filhas, e Amnon, filho de Davi, está mais pra lá do que pra cá quando é assassinada por ordem de seu irmão Absalão — a interessar: foi pelo crime de ter estuprado a própria irmã, Tamar.
“Os sacerdotes são orientados a não beber antes de entrar no tempo, e o álcool é relacionado à perda de controle pessoal e da capacidade de diferenciar o bem do mal. Mas nada no texto bíblico proíbe o consumo”, diz o historiador Marc Zvi Brettler.
O álcool chega a ser recomendado para curar os males da alma. Está em provérbios: “Daí bebida forte ao que está prestes a perecer, e o vinho aos amargurados de espíritos”.
E tem o primeiro milagre de Jesus: transformar água em vinho — segundo o evangelista João, no melhor vinho da festa.
São Paulo vai mais além: recomenda a um discípulo, Timóteo, que troque a água pelo vinho.
“O chefe do serviço provou [o vinho que Jesus criara a partir da água] e falou com o noivo: ‘Tudo guardaste o melhor vinho até agora!’” (João 2, 7-10)
Saúde e educação
[...] Ao longo da infância, os pais têm a obrigação de repassar a eles a palavra de Javé. Já o Novo Testamento é mais pedagógico, digamos assim: enfatiza a educação pelo bom exemplo dos pais. [...] Quando não funcionar, o Antigo Testamento indica que um bastão flexível deve ser usado para bater nos desobedientes. O objeto tem até nome, vara da correção, e é indicado para qualquer situação em que o pai considere que a criança não seguiu suas instruções. “A vara e a repressão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesa envergonha a sua mãe” (Provérbios).
“O sacerdote examinará a praga na pele da carne; se o pelo na praga se tornou branco, (…) é praga de lepra; o sacerdote o examinará, e o declarará por imundo.” (Levítico 13:3).
Homossexualidade
O amor entre homens era punido com a morte — a não ser que você fosse o rei Davi. Os livros Samuel I e Samuel II contam a história da amizade entre ele e Jonatã, filho do rei Saul, antecessor de Davi e candidato natural ao trono de Israel. Davi acaba escolhido para a sucessão, mas isso não abala o relacionamento dos dois. Está escrito: “A alma de Jonatã se ligou com a alma de Davi. E Jonatã o amou, como à sua própria alma” (Samuel I).
Em outra passagem, Jonatã tira todas as roupas, entrega a Davi e se deita com ele. “E inclinou-se três vezes, e beijaram-se um ao outro” (Samuel I). “Esse relato incomoda os intérpretes tradicionais da Bíblia, que tentam explicar a relação como uma forte amizade, e o beijo como um costume comum entre homens”, diz o historiador finlandês Martii Nissinem, da Universidade de Helsinki e autor de Homoeroticism in the Biblical World (Homoerotismo no Mundo Bíblico). “Mas é difícil negar a referência à homossexualidade nesse caso, mesmo que a lei judaica a proíba expressamente.”
Para alguns especialistas, o Antigo Testamento também sugere um relacionamento homossexual entre duas mulheres, Noemi e sua nora Rute. Está no livro de Rute um trecho em que ela diz a Noemi: “Aonde quer que tu fores irei eu, e onde quer que pousares, ali pousarei eu. Onde quer que morreres morrerei eu, e ali serei sepultada”.
“Estou angustiado por causa de ti, Jonatã. Mais maravilhoso me era teu amor do que o amor das mulheres.” (Samuel II 1, 26).
Sacrifício
Muito sangue jorra na Bíblia. Abraão é orientado a sacrificar seu próprio filho Isaac a Javé — e teria obedecido, caso um anjo não aparecesse no ultimo minuto dizendo ser tudo um teste para sua fé. Além disso, durante os 40 dias em que Abraão detalha suas regras ao patriarca, Deus exige uma série de sacrifícios de animais.
Os rituais são descritos com grande riqueza de detalhes. Moisés manda matar e drenar 12 bois. O sangue é colocado numa tina. Metade é lançada no altar e o resto sobre a multidão. Carneiros abatidos são esfregados no corpo de fiéis, que seguram seus rinas nas mãos para oferecê-los a Javé. Pedaços de bichos são queimados sobre o altar. Era uma forma de trocar favores com os deuses.
“O sangue é o maior símbolo da vida. Ao usá-lo em rituais, os fiéis reforçam seu vínculo com a divindade e se purificam”, diz Richard Friedman. [...] ”Na interpretação cristã posterior, o próprio Jesus é considerado o sacrifício final, que limpa os pecados da humanidade de forma definitiva, o que dispensa a morte de animais.”
“Derramar-se-a seu sangue me volta do altar. Será oferecida a cauda, a gordura que cobre as entranhas. Os dois rins e a pelo que recobre o fígado.” (Levítico 7, 2-4).
Crime e castigo
Sequestro, adultério, homossexualidade, prostituição…. Tudo dava pena de morte. Até fazer sexo com uma virgem poderia custar a vida do “criminoso”. Adorar outros deuses também trazia problemas sérios. Moisés mandou matar 3 mil judeus por causa disso.
O Levítico também manda matar prostitutas a pedradas. Não caso de a moça ser filha de um sacerdote, a punição é pior: “Com fogo será queimada”.
Em geral, a pena de morte por apedrejamento não precisava ser julgada pelos sacerdotes. A maioria dos crimes recebia punição na hora, diante de um grupo de pessoas que presenciaram a cena ou que estavam por perto da cena do crime.
O Antigo Testamento estabelece que toda mulher menstruada é tão impura que até mesmo os lugares onde ela senta devem ser evitados. Se um homem encostar na esposa, na mãe ou na irmã nesse período do mês, ele não pode sair de casa por sete dias. E, se o fizer, pode ter de pagar uma multa.
Como o Antigo Testamento não aceita o aborto, é crime provocá-lo, mesmo que por acidente, mas a pena depende da gravidade da situação.
Em caso de roubo e furto ou qualquer outro prejuízo ao patrimônio alheio, a pena é o pagamento de 4 vezes o valor do bem que foi levado ou destruído. Se a pessoa que cometeu a infração não tivesse condições de pagar, podia ser vendida como escrava.
“Quando houver moça virgem, desposada, e um homem a achar na cidade, e se deitar com ela, então trarei ambos à porta daquela cidade, e os apedrejareis, até que morram.” (Deuteronômio 22:23-24)